Até 2050, estima-se que a população mundial chegue a 9,7 bilhões de pessoas, segundo dados das Nações Unidas. Somente no Brasil serão 227,3 milhões de habitantes nesse mesmo ano. Considerando esse crescimento populacional, pesquisas e tecnologias têm sido aplicadas no aperfeiçoamento da produção de alimentos para atender tanto o mercado brasileiro quanto a demanda externa, respeitando os princípios de preservação ambiental e da saúde humana.
Nesse contexto de desenvolvimento, o profissional da Engenharia Agronômica – que é lembrado neste 12 de outubro por causa da regulamentação da profissão em 12/10/1933 – desponta pelo conhecimento vasto que abrange as áreas de solos, fitotecnia, engenharia rural e meio ambiente. Cabem a esse profissional, como define o artigo 5º da Resolução 218/1973, trabalhos ligados à defesa sanitária, beneficiamento e conservação de produtos animais e vegetais, irrigação e drenagem para fins agrícolas, recursos naturais, mecanização na agricultura, entre outras atividades que contribuem para a economia nacional, fortemente baseada na produção agrícola.
De acordo com o conselheiro federal e vice-presidente do Confea, eng. agr. Dirson Artur Freitag, o papel desse profissional na questão alimentar é fundamental. “Considerando que em 2050 a população mundial será de mais de 9 bilhões, há que se pensar na otimização de aproveitamento de áreas agrícolas”, pontua Dirson ao enfatizar a importância de se maximizar a produção agrícola em espaços menores e com redução do uso de recursos naturais. “Precisamos, por exemplo, que a água seja usada com racionalidade”, alerta.
Por isso, o profissional da Engenharia Agronômica ganha destaque nesse propósito de planejamento e pesquisa. É ele que possui o conhecimento técnico para administrar todas essas questões produtivas e ambientais, sempre baseado em análises e estudos. “Os engenheiros agrônomos são os profissionais que têm melhores condições para enfrentar as diversas situações exatamente por sua vasta e eclética formação. A partir desse conhecimento amplo que possuem, têm todas as ferramentas para implementar tecnologias respeitando o tripé do economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente responsável”, ressalta Dirson.
Também atento à contribuição do engenheiro agrônomo para a otimização da produção nacional de alimentos, o coordenador nacional da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO), eng. agr. Juarez Morbini Lopes, aponta o uso de técnicas de plantio mais racional, maquinário moderno e estudos genéticos como fatores diferenciais para o incremento do setor. “Desde 1990, houve um aumento de 120% da produção agrícola nacional, com apenas 50% de aumento da área ocupada”, comenta o engenheiro agrônomo que representou o Brasil no ciclo de palestras do World Congress of Agronomists & Agrologists, em Quebec, no Canadá, entre 17 e 21 de setembro passado. Com a temática “O papel do engenheiro agrônomo no desenvolvimento da agricultura brasileira”, Morbini falou à plateia internacional da importância desse profissional para a produção nacional, considerando questões ambientais e segurança alimentar. Clique aqui para assistir à apresentação.
Projeções nacionais
De acordo com o estudo Brasil – Projeções do Agronegócio 2011/2012 a 2021/2022, publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção das cinco principais culturas de grãos no Brasil deve aumentar 21,1% até 2022, o que representa uma expansão dos atuais 153,3 milhões de toneladas colhidas de soja, milho, trigo, arroz e feijão para 185,6 milhões de toneladas. O estudo, realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aponta que o crescimento produtivo se dará com o aumento de 9% da área plantada. Segundo o ministério, o Brasil é um dos poucos países que pode ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade, e mantendo a salvo suas reservas naturais. O uso de pesquisa e tecnologia no campo são fatores importantes para esse desenvolvimento sustentável.
Por: Assessoria de Comunicação do Confea
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