Lamentavelmente faz um ano que nossa querida amiga Maria de Jesus Silva Araújo nos deixou, o que dizer. Poderíamos contar toda a sua história, mas não seria o bastante para consolar nosso coração e aliviar nossa saudade, mas como muito afeto e carinho, nos valemos de alguns poetas, para descrever ainda que sucintamente o que esta data representa para nós:
AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade, in ‘O Corpo’
Pedimos licença a Drummont, pela ousadia em acrescentar que a ausência nos faz ativar memórias, que nos traz as melhores lembranças dos entes-queridos e os mantém vivos diante de nós, fazendo com que a dor da perda seja aliviada.
São nossas memórias que nos fortalecem e fazem com que percebemos a necessidade de viver o hoje eternamente porque o amanhã pode ser tarde e temos que ter humildade para reconhecer que não nos pertence…
A ideia de pertencimento nos fazem lembrar outro poema de Vinicius de Moraes, onde fala que, “ A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivesse morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos, até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
Como dizia nossa amiga Maria Jesus Silva Araújo…
“Tá dizendo”
Saudades…
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