O presidente em exercício do Crea-MA, Clovis da Silva Souza Filho, foi o palestrante da Reunião Plenária realizada ontem (27) pela Associação Comercial do Maranhão (ACM). O presidente atendeu ao convite da ACM e a reunião foi conduzida pelo vice-presidente da Associação, Fabrizio Duailibe e a 1ª secretária, Márcia Adler. Clóvis Filho falou dos problemas de infraestrutura urbana da cidade de São Luis, das atribuições do Crea e da importância do profissional possuir a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).
A ART é uma forma de definir, para efeitos legais, o responsável técnico pela execução de obras/serviços, além de dar a oportunidade para o profissional registrar, no conselho, suas obras ou serviços, cargos ou funções, visando o cadastramento de seu Acervo Técnico e a caracterização da responsabilidade técnica específica.
Sobre os problemas de infraestrutura urbana de São Luís, o presidente do Crea esclareceu que o Conselho não tem o poder de interditar obras e que não analisa e aprova projetos. O papel do Crea é dar assessoramento aos órgãos e verificar como os profissionais estão atuando.
O vice-presidente da ACM, Fabrizio Duailibe, elogiou a apresentação do presidente Clóvis Filho e disse que, além de entender um pouco mais do que é o trabalho do Crea, a palestra esclareceu até onde vai a autonomia do Conselho. “A palestra foi muito proveitosa e com certeza vamos firmar parcerias”, finalizou.
Clóvis Filho ressaltou que a infraestrutura urbana de São Luís necessita de intervenções que não podem esperar muito tempo e que, em relação às obras públicas, há uma necessidade de um planejamento de longo prazo e de observância mais rígida dos critérios técnicos. “As obras, via de regra e com exceções, têm sido planejadas dentro de uma realidade que muda constantemente. A cidade cresce a um ritmo acelerado e o planejamento e o próprio modelo de trabalho do setor público acabam fazendo com que tenham vida útil muito curta”, explicou.
O presidente em exercício afirmou também que ao mesmo tempo em que o Centro Histórico possui riscos iminentes, dificuldade de acesso e esvaziamento crescente, na chamada parte nova da cidade há um inchaço prejudicial que compromete toda a mobilidade de São Luís. “A solução para isso seria a atualização permanente e o cumprimento das determinações do Plano Diretor”, ressaltou Clovis Filho.
