Professores e alunos da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) desenvolveram respiradores classe 1, aqueles que podem ser usados em assistência ao paciente até o surgimento do leito na UTI. O projeto é capitaneado pela instituição de pesquisa InescP&DBrasil, na qual a UFMA tem assento no conselho diretor.
Por ser um projeto em rede, nesse momento, os respiradores estão sendo desenvolvidos em seis universidades federais diferentes.
O projeto foi iniciado ainda em março, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Logo depois as reuniões seguiram em videoconferência e assim foi montada uma equipe de desenvolvimento. Ainda em março, já havia a versão 1, hoje, a UFMA está na versão 2 (estável) e seguindo para uma versão 3, que são a fabricação de respiradores classe 2, aquele que permite auxiliar na intubação.
Projetado primeiramente em Portugal, onde o equipamento já foi testado e aprovado por profissionais da área de saúde, o ventilador mecânico foi customizado para atender a realidade brasileira e tem como objetivo auxiliar os profissionais de saúde no uso de ventiladores mais sofisticados. É importante ressaltar que esta classe de ventilador não é indicada nos casos mais graves, porém, sua utilização pode ser útil como solução provisória de urgência.
O diretor de Gestão da Inovação e Serviços Tecnológicos da UFMA, engenheiro eletricista Shigeaki Lima, está envolvido no projeto juntamente com alunos de outros cursos e afirmou que a proposta faz parte de um sistema de manufatura distribuída, baseado em uma rede de unidades de produção, que serão laboratórios e oficinas pertencentes a institutos de ensino e pesquisa públicos e privados de todo o Brasil, que disponham de impressoras 3D, CNC’s e máquinas de corte a laser.
Ele explicou que o protótipo já foi enviado para alguns hospitais em São Paulo para testes em campo e também serão enviados para o INMETRO e ANVISA.
Para viabilizar a realização de um projeto desta magnitude é necessária uma ampla rede de pesquisadores e profissionais. Tal equipe já está disponível no âmbito da Rede INESC Brasil, que envolve mais de 20 universidades brasileiras, além do INESC TEC (instituto de ciência e tecnologia português onde o projeto do ventilador mecânico foi desenvolvido). Esta rede de pesquisa é coordenada pelo INESC P&D Brasil, um instituto de ciência e tecnologia brasileiro, que é o proponente deste projeto, e possui uma vasta experiência na gestão de projetos de pesquisa e desenvolvimento executados em rede.
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