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FÓSSIL ENCONTRADO EM RIACHÃO

Luís Pereira Santiago mostra fóssil humano encontrado por ele quando fazia pesquisa no município de Riachão, no sul do estado.

 

  •  João Rodrigues – Da equipe de O Estado
  •  31/05/2015

Segundo pesquisador de Imperatriz, embora o artefato não tenha sido analisado em laboratório oficial, o fóssil humano tem datação de aproximadamente 5 milhões de anos, o mais antigo da história da humanidade descoberto até hoje.

Riachão – Um artefato que cabe na palma da mão, identificado como um fóssil humano com datação de aproximadamente 5 milhões de anos, é a mais recente descoberta do geógrafo e pesquisador imperatrizense Luís Pereira Santiago. A peça paleontológica achada em Riachão, no sul do estado, seria um marco nas pesquisas sobre a presença do homem nas Américas. O achado, um pedaço de tíbia humana, segundo o pesquisador, foi achado durante pesquisas em uma área de cerrado.

“Eu fui àquela área em busca de um astroblema, um meteorito que caiu há milhões de anos, algo já comprovado, e me deparei com as rochas. Fiz buscas de algum vestígio humano e encontrei um dos maiores de grande história científica, que é um fóssil humano”, anunciou o pesquisador, que define seu trabalho como sem fins lucrativos.

A explicação para o fóssil, de acordo com o pesquisador, remete a cerca de 250 milhões de anos, quando toda a região, atualmente sul do Maranhão, era uma parte do oceano, antes mesmo do aparecimento do Atlântico, quando o continente era chamado de Pangea.

Exame – O achado paleontológico não passou por análise em laboratório que pudesse comprovar a datação. Isso só poderia ser realizado nos Estados Unidos ou na França, por meio do processo chamado de Carbono 14. O prazo mínimo para a realização do exame do material é de seis meses. Luis Santiago não tem dúvidas que esse fóssil pode ser um divisor de águas das pesquisas sobre a presença do homem.

“Quando encontrei esse fóssil, imaginei ser de um dinossauro devido às características do processo de permineralização (processo pelo qual depósitos minerais formam moldes internos de organismos), mas, pela característica óssea de um pedaço de tíbia humana, eu fiz uma pesquisa com riqueza de detalhes sobre a origem da espécie”, ressalta Santiago.

Segundo o estudioso, o fóssil pode quebrar paradigmas pela datação. Até então, a peça mais antiga encontrada no mundo foi na Etiópia, em 2013. Um pedaço de mandíbula, com cinco dentes intactos, era datado de 2,8 milhões de anos. “Isso significa que esse fóssil pode ser o mais antigo da história da humanidade descoberto até hoje”, contabiliza.

Apresentado com orgulho a O Estado, o fóssil é o destaque de um acervo que Santiago mantém na sala de casa, um espaço de aproximadamente quatro metros por seis metros, no centro de Imperatriz.

Acervo é resultado de mais de 20 anos de pesquisa

O acervo do pesquisador Luís Pereira Santiago é resultado de mais de 20 anos de estudos realizados pelo pesquisador em arqueologia, paleontologia e geográfico formado pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Nesse espaço o pesquisador guarda seu maior tesouro, um acervo com 170 peças (artefatos e fósseis) de valor incalculável para a ciência coletados em nove grandes sítios arqueológicos situados em Imperatriz e Região Sul do estado.

Na casa de Santiago estão, por exemplo, machado, pilão e moedor feito de pedra polida, além de cerâmicas, igaçabas (potes de barros), instrumentos e diversas moedas antigas, entre outros.

Os achados recentes foram fósseis humanos, duas igaçabas (potes para armazenar água) e exemplares de fóssil de madeira petrificada que foi encontrado em um sítio paleobotânico, em Grajaú, com datações de 250 milhões de anos.

Santiago sustenta que todos os achados, enriquecem os estudos sobre paleontologia, arqueologia e paleobotânica e reafirmam informações importantes como o fato de o Maranhão, o Ceará e o Piauí terem sido habitados pelos mesmos povos indígenas, principalmente o grande berço da cultura “Jê”, que fica na Serra da Capivara, no estado do Piauí.

Pesquisador quer construir museu para a sociedade

Embora tenha acervo grande e valioso para pesquisa, Santiago não tem recurso financeiro

Apesar da boa vontade em abrir o acervo para a sociedade, especialmente estudantes, o pesquisador Luís Pereira Santiago reconhece que a estrutura é precária. Inicialmente, ele se propôs a firmar parcerias para criar o que denominou de Museu do Homem do Sul Maranhense. O projeto não vingou porque as contrapostas que recebeu não foram viáveis.

“Aqui é uma residência. Não é um local adequado para deixar esse material para as pessoas”, reconhece. O improviso foi a única forma de tocar o projeto pelo qual se apaixonou nos últimos anos e pretende deixar como legado para a sociedade.

“Isso é um patrimônio público. Tem lei específica. Eu venho fazendo esse trabalho sem fins lucrativos e sem apoio da Secretaria de Cultura do Município, do Estado, da União e das instituições”, reclama o pesquisador.
Santiago tem 49 anos, é 3º sargento do Exército Brasileiro, não remunerado, e afirma que seu sonho é deixar um legado para a comunidade cientifica. No entanto, ele tem algumas condições a serem observadas.

“Eu preciso de parceiros, não de patrão. Encontrei algumas pessoas que se prontificaram a ajudar, mas não foram leais com nosso trabalho”, relata, acrescentando que vem custeando do próprio bolso o trabalho de pesquisa.

Meta – Santiago afirma que sua meta é entregar o acervo para uma instituição ou, com parceria, montar um museu particular. “Eu não acredito em museu municipal e estadual. A tendência é que os museus caiam em declínio. Só os particulares é que vão de vento em popa”, destaca.

O sonho do pesquisador é construir o seu museu de resgate histórico, sem fins lucrativos e que possa ser sustentado pelos visitantes. A partir daí, ele pretende intensificar as pesquisas.

Saiba mais

– Luis Pereira Santiago começou a pesquisa quando ainda estava no Exército Brasileiro. Os sítios arqueológicos e paleontológicos estão em municípios como Imperatriz, Grajaú e Riachão.

– O pesquisador deixou os contatos para quem pretender conhecer melhor seu o seu acervo e o projeto de criação do museu: o telefone é (99) 99147-3222 [email protected]. O pesquisador afirma que já bateu em várias portas e seu trabalho já é de conhecimento do Iphan, Uema e da Suzano Papel e Celulose.

 

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